Aqueduto dos Pegões  
Caracterização Histórica, Geométrica e Estrutural  
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Perfil Longitudinal do Aqueduto dos Pegões

Perfil Longitudinal

Fig.: Perfil longitudinal do aqueduto dos Pegões. (Clicar para abrir pdf).

Perfil Longitudinal

Levantamento Fotográfico do Aqueduto dos Pegões

 Planta do Aqueduto dos Pegões

Fig.: Planta e levantamento fotográfico do aqueduto dos Pegões. (Clicar para abrir pdf).

Ficha 1 - Convento de Cristo Ficha 2 - Mata de Sete Montes Ficha 3 - Mata de Sete Montes Ficha 4 - Cadeira d El Rei Ficha 5 - Vale Pereiro Ficha 6 - Quinta Nova da Raposa Ficha 7 - Quinta Nova da Raposa Ficha 8 - Pegões Altos Ficha 9 - Pegões Altos Ficha 10 - Quinta da Silveira Ficha 11 - Quinta da Silveira Ficha 12 - Quinta da Silveira Ficha 13 - Quinta da Silveira Ficha 14 - Quinta da Silveira Ficha 15 - Zona dos Brasões Ficha 16 - Zona dos Brasões Ficha 17 - Zona dos Brasões Ficha 18 - Entre Brasões e Casal Ribeira Ficha 19 - Casal Ribeiro Ficha 20 - Casal Ribeiro Ficha 21 - Nascente da Porta de Ferro Ficha 22 Ficha 23

O traçado em planta e em perfil longitudinal do aqueduto foi realizado com base em plantas topográficas existentes, usando a informação, nelas contida, relativa ao traçado de alguns troços do aqueduto e às cotas do relevo, em conjunto com observações efectuadas no local e tendo em conta a condição de escoamento por gravidade do canal.

Ao longo do traçado identificaram-se quatro tipologias distintas consoante a estrutura de suporte e o canal estejam enterrados ou à superfície, nomeadamente:

  • Estrutura e canal enterrados;
  • Estrutura enterrada e canal à superfície;
  • Estrutura de um nível de arcos de volta inteira (à superfície);
  • Estrutura de dois níveis, de arcos ogivais e de volta inteira (à superfície).

Para além dos elementos referidos anteriomente, o Aqueduto é ainda composto por outros elementos construtivos, nomeadamente, as estruturas de inserção das nascentes e as casas-de-água.

 

Levantamento fotogramétrico da geometria

A técnica de fotogrametria permite reconstruir computacionalmente modelos bidimensionais ou tridimensionais, a partir de fotografias tiradas no local a estudar.
O modelo escolhido para realizar o estudo foi o bidimensional, que envolve quatro procedimentos distintos:

  • Fotografar em ângulos diferentes, devendo garantir-se os vários registos fotográficos;
  • Introdução das fotografias no programa, caracterizando o modelo, como pontos e linhas, que se pretendem modelar;
  • Processamento das coordenadas bidimensionais dos pontos, através do uso do algoritmo interactivo (disponível no programa), que ajuda minimizando os erros dos dados de entrada, dos pontos marcados, nas diversas fotografias;
  • Observação do resultado, onde este pode ser exportado, para um programa de desenho, assistido por computador.  

Fotogrametria

Fig.: Fase de utilização do programa de fotogrametria.

Como resultado da aplicação Photomodeler pro 5.1 obtém-se informações sobre as coordenadas (x,y,z) dos pontos marcados nas fotografia, cujo aspecto gráfico geral se pode observar na figura. Esta informação pode finalmente ser exportados, linhas e pontos, para o programa Autocad tendo sido necessário refazer o desenho obtido, porque as coordenadas dos pontos definidos, contêm as posições reais que naturalmente se referem à posição deformada da estrutura, não estando os pontos aferidos do alçado, todos no mesmo plano. Esta situação, do ponto de vista de uma simulação numérica, seria muito complexa, pelo que se representou o alçado no mesmo plano.

Resultado da Fotogrametria

Fig.: Fase de utilização do programa de fotogrametria.

Assim como resultado final, obteve-se o alçado apresentado na figura em baixo.

Alçado dos Arcos de Volta Inteira

Fig.: Alçado do aqueduto na zona da Quinta Nova da Raposa. (clicar para abrir pdf)

Arco de Volta inteira

Sistema estrutural do aqueduto na zona da Quinta Nova da Raposa

O sistema estrutural do aqueduto é constituído por vários elementos, entre eles os arcos, os pilares e os tímpanos desempenham um papel fundamental.

Uma representação esquematica de um sistema estrutural assim constituído é representada na figura em baixo, onde estão identificados os seguintes elementos :

  1. Chave ou pedra de fecho: Bloco superior ou aduela de topo que “fecha” o arco.
  2. Aduela: Bloco em cunha que compõe o arco e é colocada em sentido radial.
  3. Extradorso: Face exterior e convexa do arco.
  4. Imposta: Bloco do pilar sob a aduela de arranque do arco.
  5. Intradorso: Face interior e côncava do arco.
  6. Flecha: Dimensão que se prolonga desde a linha de arranque do arco até à face interior da chave.
  7. Vão: Largura do arco.
  8. Contraforte ou tímpano: Parede vertical construida sobre o extradorso do arco.

Arco de Volta Inteira

Fig.: Esquema do sistema estrutural (adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)).

O aqueduto possui arcos de volta inteira e ogivais. Um arco é constituido por blocos de pedra (aduelas) justapostos em forma de cunha. A aduela situada no fecho do arco é designada de chave ou pedra de fecho, sendo o último elemento a ser colocado na fase de construção do arco. Na fase de construção do arco é usado um cimbre, provisório, que serve de molde para o arco e permite que as aduelas tenham apoio durante a fase de construção.

O arco funciona geralmente em compressão transmitindo o peso da construção para os pilares de suporte e para os contrafortes ou tímpanos (impulsos laterais). As aduelas mantêm-se juntas através da pressão do peso do arco e da sua carga.

O uso de arcos ogivais em diagonal permitiu direccionar o peso das abóbadas para os contrafortes, que por sua vez descarregam as pressões no solo. Para isso, foi fundamental a adopção do arco ogival, que recebe directamente as pressões exercidas pela restante estrutura, apresentando melhor capacidade para suportar acções de cargas concentradas a meio vão, enquanto que o perfil circular é mais adequado para arcos submetidos à acção de cargas distribuídas. Este funcionamento pode ser visível na figura.

Arco Ogival

Fig.: Arco ogival e arco de volta inteira (adaptado de http://pt.wikipedia.org).

Os paramentos exteriores dos elementos estruturais (arcos, tímpamos e pilares) são constituidos por alvenaria, aparelhada pelas faces exteriores, constituida por pedra calcária e argamassa composta por cal, areia e pequenos pedaços de pedra. Os espaços existentes na zona interior entre os paramentos exteriores de alvenaria são neste tipo de estruturas geralmente preenchidos com material de enchimento de diversas granulometrias, pelo que se supõem que no caso do Aqueduto dos Pegões também isso possa acontecer.

Construção do Paramento

Fig.: Esquematização dos paramentos verticais (adaptado de http://pt.wikipedia.org).

 

 



 
 
             
Ficha 1 - Convento de Cristo Ficha 2 - Mata de Sete Montes Ficha 3 - Mata de Sete Montes Ficha 4 - Cadeira d El Rei Ficha 5 - Vale Pereiro Ficha 6 - Quinta Nova da Raposa Ficha 7 - Quinta Nova da Raposa Ficha 8 - Pegões Altos Ficha 9 - Pegões Altos Ficha 10 - Quinta da Silveira Ficha 11 - Quinta da Silveira Ficha 12 - Quinta da Silveira Ficha 13 - Quinta da Silveira Ficha 14 - Quinta da Silveira Ficha 15 - Zona dos Brasões Ficha 16 - Zona dos Brasões Ficha 17 - Zona dos Brasões Ficha 18 - Entre Brasões e Casal Ribeira Ficha 19 - Casal Ribeiro Ficha 20 - Casal Ribeiro Ficha 21 - Nascente da Porta de Ferro Ficha 22 Ficha 23 Perfil Longitudinal